Que por amar-te me vejo assim, fanado.
Tu que foste a razão de meus cuidados
És, em tempo, razão de meus reclamos.
Pois te sonho noutros prados orvalhados
Pisando orvalho e flor, relvas e ramos.
Sigo-te, mas nem sei por onde vamos
Nem se te sonho, ou sou por ti sonhado.
Eu bem quisera que por ti fosse sonhado
A te sonhar assim distante e apartado
De ti, que não me ouves quando te chamo.
Amada, tu bem sabes o quanto te amo!
E se a vida nos concede do que damos
Como serei, de teu amor, menos amado?
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