Claudio, que é longo teu percurso. Se ora
O barro dessa estrada te enxovalha, ignora.
Que o caminho se renova com seus fatos.
Vê que a jornada é a soma dessas horas
Em que a cortina se fecha ao fim do ato.
Pois o drama que te aflige é só um salto
Para um instante mais feliz que revigora.
Caminha, que nada em vida te sucede
Pelos ermos quando o medo te campeia
Sem que do Além te guie a Providência.
E se o enigma de Sartre acaso te antecede
Vê que é do bem que, andando, tu semeias
Se abre em flor, a cor da vida, sua essência.
Taiobeiras - 24/06/2013
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